A Confederação Nacional dos Bispos do Brasil
(CNBB) lançou dia 18 de fevereiro a Campanha da Fraternidade 2015. O tema
escolhido este ano é Fraternidade: Igreja e Sociedade e o lema "Eu vim
para servir". A ideia é aprofundar, a partir do Evangelho, o diálogo e a
colaboração entre a Igreja e a sociedade como serviço ao povo brasileiro.
A campanha propõe ainda buscar novos métodos,
atitudes e linguagens na missão da Igreja de levar a palavra a cada pessoa. O
secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, lembrou que o momento
escolhido para o lançamento da campanha – o início da Quaresma – é considerado
de extrema importância para a Igreja. "Queremos ajudar a construir uma
sociedade mais humana e mais divina", disse. "Sermos pessoas de
fermento na massa. Esse é o desejo da campanha."
Durante a cerimônia, o ministro do Desenvolvimento
Agrário, Patrus Ananias, destacou o compromisso do governo com a emancipação
dos pobres. "Defendemos os pobres, não a pobreza. Queremos que os pobres
se libertem", disse. "Queremos que as pessoas se tornem
protagonistas, sujeitos de sua vida e de sua história."
Para a secretária executiva do Conselho Nacional
de Igrejas Cristãs, pastora Romi Márcia Bencke, a campanha destaca a
necessidade de promover o debate de valores éticos e também do papel
missionário da Igreja. "O tema da campanha deste ano nos desafia para uma
ética global de responsabilidades. Nos ajuda a refletir sobre o nosso papel
enquanto igrejas e enquanto religiões."
Por fim, o presidente do Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil, Marcos Vinícius Furtado, defendeu medidas urgentes
para a proteção e o acolhimento aos mais pobres e uma reforma política no país.
"A luta por dignidade, justiça e igualdade é o elo que deve nos
unir", disse. "Precisamos dar um passo adiante na atual situação de
um sistema político desigual. Há a necessidade de todas as instituições
participarem desse esforço em busca de um sistema político igualitário."
Agência Brasil